
Quais são os tipos de transplante de córnea?

Os tipos de transplante de córnea incluem o transplante penetrante, lamelar anterior profundo, endotelial e ceratoprótese, cada um indicado para diferentes condições oculares.
O transplante de córnea é um procedimento cirúrgico que visa restaurar a visão em pacientes com doenças ou lesões na córnea. Existem diferentes tipos de transplantes de córnea, cada um indicado para condições específicas. Os principais transplantes de córnea incluem o transplante penetrante, o lamelar anterior profundo, o endotelial e a ceratoprótese. Esses procedimentos de transplantes de córnea são realizados com técnicas avançadas que garantem maior precisão e segurança. A escolha do tipo de transplante depende do diagnóstico do paciente e da área da córnea afetada.
O transplante penetrante é o mais tradicional e envolve a substituição de toda a espessura da córnea. Ele é indicado para casos graves onde há danos em todas as camadas da córnea. Já o transplante lamelar anterior profundo é utilizado quando apenas as camadas superficiais da córnea estão comprometidas, preservando as camadas mais internas. Esse método é menos invasivo e oferece uma recuperação mais rápida.
O transplante endotelial, como o DSAEK (Descemet Stripping Automated Endothelial Keratoplasty) e o DMEK (Descemet Membrane Endothelial Keratoplasty), é indicado para problemas na camada interna da córnea, como a distrofia de Fuchs. Esses procedimentos substituem apenas a camada endotelial danificada, preservando o restante da córnea. Por fim, a ceratoprótese é uma alternativa para casos complexos onde os transplantes tradicionais não são viáveis, utilizando uma córnea artificial.
Os tipos de transplantes de córnea são:
- Transplante Penetrante (PK): Substitui toda a espessura da córnea.
- Transplante Lamelar Anterior Profundo (DALK): Substitui apenas as camadas superficiais da córnea.
- Transplante Endotelial (DSAEK/DMEK): Substitui a camada interna da córnea.
- Ceratoprótese: Utiliza uma córnea artificial em casos complexos.
- Transplante de Limbo: Indicado para danos nas células-tronco da córnea.
- Transplante de Córnea Artificial (Boston Keratoprosthesis): Opção para pacientes com alto risco de rejeição.
Qual o procedimento de transplante de córnea mais usado no Brasil?

No Brasil, o procedimento de transplante de córnea mais utilizado é o transplante endotelial, especialmente o DSAEK (Descemet Stripping Automated Endothelial Keratoplasty). Esse método é preferido por ser menos invasivo e oferecer uma recuperação mais rápida em comparação ao transplante penetrante. Ele é indicado principalmente para pacientes com distrofia de Fuchs ou outras doenças que afetam a camada interna da córnea.
O DSAEK envolve a remoção da camada endotelial danificada e sua substituição por uma camada saudável de um doador. A técnica preserva as camadas externas da córnea, reduzindo o risco de complicações e acelerando a recuperação visual. Além disso, o procedimento é realizado com anestesia local e demanda um tempo cirúrgico menor, o que o torna mais seguro para pacientes idosos ou com condições clínicas associadas.
Outro método endotelial que vem ganhando espaço no Brasil é o DMEK (Descemet Membrane Endothelial Keratoplasty), que substitui apenas a membrana de Descemet e o endotélio. Apesar de ser tecnicamente mais desafiador, o DMEK oferece resultados visuais superiores e uma taxa de rejeição menor. No entanto, o DSAEK ainda é o mais difundido devido à sua simplicidade e eficácia comprovada.
Como saber qual tipo de transplante de córnea preciso?
A escolha do tipo de transplante de córnea depende de uma avaliação detalhada realizada por um oftalmologista especializado em córnea. O médico analisará o histórico do paciente, a causa do problema na córnea e a extensão do dano. Exames como a topografia corneana, a microscopia especular e a tomografia de coerência óptica (OCT) são essenciais para determinar qual procedimento é mais indicado.
Por exemplo, se o problema estiver restrito à camada endotelial, como na distrofia de Fuchs, o transplante endotelial (DSAEK ou DMEK) será a melhor opção. Já para casos de ceratocone avançado, onde apenas as camadas superficiais da córnea estão afetadas, o transplante lamelar anterior profundo (DALK) pode ser mais adequado. Em situações mais graves, como cicatrizes profundas ou infecções severas, o transplante penetrante pode ser necessário.
Além disso, o médico considerará fatores como a idade do paciente, a presença de outras doenças oculares e o risco de rejeição. Em alguns casos, como em pacientes com múltiplas falhas em transplantes anteriores, a ceratoprótese (córnea artificial) pode ser a única alternativa viável. Portanto, é fundamental seguir as recomendações do especialista após uma avaliação completa.
Quais os tipos de transplantes de córnea mais seguros?
Os transplantes de córnea mais seguros são aqueles que preservam ao máximo a estrutura original da córnea, como o transplante lamelar anterior profundo (DALK) e o transplante endotelial (DSAEK e DMEK). Esses procedimentos são menos invasivos e apresentam menor risco de complicações, como a rejeição do tecido transplantado. Além disso, eles oferecem uma recuperação mais rápida e resultados visuais satisfatórios.
O DALK, por exemplo, é considerado seguro para pacientes com ceratocone, pois preserva a camada endotelial do receptor, reduzindo o risco de rejeição. Já o DSAEK e o DMEK são seguros para problemas na camada interna da córnea, com taxas de sucesso superiores a 90% em muitos casos. A escolha do método mais seguro depende do diagnóstico e da experiência do cirurgião, mas, em geral, os transplantes parciais são preferidos sempre que possível.
Quais as alternativas para transplante de córnea?
Uma das principais alternativas para o transplante de córnea é o Crosslinking, um procedimento que fortalece a córnea e pode evitar a progressão de doenças como o ceratocone. O Crosslinking utiliza riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta para criar novas ligações entre as fibras de colágeno da córnea, aumentando sua rigidez e estabilidade. Esse método é minimamente invasivo e pode ser realizado em estágios iniciais da doença, evitando a necessidade de um transplante.
Outra alternativa é o uso de lentes de contato especiais, como as lentes esclerais, que ajudam a melhorar a visão em pacientes com irregularidades na córnea. Para casos menos graves, o implante de anéis intracorneanos pode ser uma opção, ajudando a remodelar a córnea e melhorar a acuidade visual. Em situações específicas, como na distrofia de Fuchs, o uso de colírios específicos pode retardar a progressão da doença.
No entanto, quando essas alternativas não são suficientes, o transplante de córnea continua sendo a melhor opção para restaurar a visão. O Crosslinking, em particular, tem se destacado como uma técnica promissora, especialmente para pacientes jovens com ceratocone, oferecendo uma solução eficaz e menos invasiva.